Quando a Morgana, doceira da Oma Anna, me convidou para ilustrar as formas do novo projeto dela, o orgulho tomou conta. Falar sobre identidade cultural me empolga, e quando se trata de dar novas formas à tradição do Pelznickel e sua turma em representações gráficas novas, significa ser pioneiro de movimentos e perspectivas.

Foram três meses de concepção, desenho, refação, refinamento, teste, refinamento, adição de detalhes, mais testes... até que enfim tomou a forma atual e que já está na boca do guabirubense. O projeto da Oma Anna foi aprimorado por meio do Programa Artesanato Ouro, promovido pelo SEBRAE/SC por meio do CIMVI e a Fundação Cultural de Guabiruba.

É irônico dizer, mas foi gostoso demais desenhar este trio de bolachas, e assim aprimorar novas ilustrações do personagem natalino que a gente cresceu ouvindo.​​​​​​​
Antes desta etapa final de formatação, a parte de concepção envolveu uma análise aprofundada das representações dos personagens. Como os três seriam dispostos juntos nesta coleção de doces, precisaria também haver harmonia, semiótica e uma assimilação maior, de modo que a identidade entre a coleção fizesse sentido e também os elementos pudessem combinar. 

Desta forma, a abstração dos personagens se deu em formas geométricas, que seriam encaixadas em cada estrutura e cada esqueleto dos mesmo. O rascunho ficou mais ou menos como a imagem abaixo:
Já no final, essa abstração precisou novamente ser validada, mas com novos contornos.
A etapa de formatação e uniformização das formas para se tornarem os recortes e carimbos do personagem foram readequados conforme o elemento nas mãos e no entrono de cada um. 

Esta parte foi desafiadora, visto que o Pelznickel e o São Nicolau poderiam segurar cajados, seus acessórios, enquanto a Christkindl exigia uma delicadeza maior no semblante e seu único acessório possível seria um cesto de doces.

A alternativa então foi a adição de estrelas e brilhantes no seu entorno, transformando sua atmosfera mágica e encantada de acordo com os registros iniciais da própria inserção da personagem no imaginário ocidental: uma estrela.
Foto: Vanessa Alves /SEBRAE
Foto: Vanessa Alves / SEBRAE
Foto: Vanessa Alves / SEBRAE

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